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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Correios de telégrafos de Sapé - PB  (nona parte) 


 Chegamos no prédio dos correios de telégrafo da cidade de sapé, passamos a morar no primeiro andar do prédio daquela cidade pacata e simpática. Tudo era novo mesmo sem ter amiguinhos da minha idade, por isso meus pais ficaram preocupados comigo, porque não tinha contato com crianças, apenas com os funcionários dos correios. Por esta razão decidiram procurar uma ajuda de um profissional em psicologia e a solução não foi muito simples, teríamos que não morar mas em prédios da empresa, meu teria que alugar uma casa ou comprar uma que não fosse em prédio, foi quando ele decidiu comprar pelo antigo Paraiban  uma casa que fica no conjunto José Feliciano, na rua João Ferreira Alves. A psicóloga tava corretíssima, no primeiro dia que fui ao portão ví uma imagem de duas crianças brincando na rua de barro e lama, parecia algo cinematográfico, os flashs ficaram em minha mente. De repente o menino vem até a mim e diz - Que brincar? Foi assustador, nunca brincará com ninguém, eu respondi - Sim, seu nome era Carlos Alexandre Matias de Lima, após apareceu sua irmãs Elaine Pascoaline Matias de Lima e Lisandra Matias Lima (sandra), nos tornamos ótimos amigos e até hoje somos amigos de infância. Amanhã voltarei com uma nova história e engraçada com estes novos amigos que parecia ser desenhos em quadrinhos rsrsrrsrsrsrs. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Tranferência Para Sapé - PB


 Tranferência Para Sapé - PB (oitava parte)

Meu pai foi transferido para a cidade de Sapé – PB, fica a 55 km de João Pessoa – PB, por incrível que pareça o destino pregou uma peça no meu pai. Foi justamente nesta cidade que ele foi preso na década de 60 junto com Nego Fuba.
Ainda me lembro da despedida de Anelise, fechando a porta de casa, o caminhão com toda a mudança e eu olhando pra minha amiga muito triste e ela olhando pra mim também com um ar de choro. O caminhão estacionado na frente de casa colocando toda a bagunça.
Ao anoitecer o caminhão saiu na nossa frente e nós fomos após de ônibus da antiga empresa Guarabirense. A primeira viagem foi muito demorada, estava ansioso para conhecer minha nova casa, toda hora eu perguntava a minha mãe – Chegou mamãe? Repetitivamente.
Quando chegamos à cidade, eu notei que era uma cidade pequena, pacata e fomos conhecer o local que iríamos morar, chegando no lugar percebi que novamente teríamos que morar no prédio dos correios de telégrafos. Fomos bem recebidos por seu batista dos correios e Fátima funcionários dos correios. Eu morava no prédio de primeiro andar, só que não tinha amigos para brincar, só conversava com adultos da própria empresa.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Minha História 7º parte

A casa de Vilaní 




Quando fomos visitar Vilaní na sua casa em Campina Grande, eu gostava de brincar muito com o seu filho casula, que se chamava Paulo. Ele era um menino franzino de pela parda, cabelos pretos, olhos castanhos e bem magrinho, era mais velho do que eu e por isto chamava muita a minha atenção em tudo que ele fazia, o seu Rob preferido era capturar passarinhos, ele tinha várias gaiolas em sua casa e também fazia tocas daqueles pássaros, andávamos na grande Campina Grande nas ruas que no tempo ainda era feita de barro. Criar passarinho me chamou atenção e até pedi minha mãe pra me dá a permissão para pode criá-los também, porque o Paulo estava me incentivando, mas minha mãe sempre me dizia que passarinho era para está livre, voando, cantarolando como Deus os criou. E aceitei o seu ponto de vista e nunca tive um passarinho preso em uma gaiola. Foi muito bom encontrei novamente Valcácia, Carlinda, Cilene, Paulo e Vilaní que era viúva e encontrei também o motorista dos Correios Gaião junto com sua esposa Benê e sua primeira filha, lembro que fomos pra uma cachoeira e o rio que passava por lá era muito forte, até parecia que iria me levar. Agarrava-me em troncos e raízes para me proteger, na volta para casa encontramos no meio da pista uma cobra enorme e por ignorância passaram por cima da cobra com a carro até que ela morresse, pelo seu tamanho era   uma jibóia.

Já na segunda visita que fomos á casa de Vilaní, tudo estava diferente, quando chegamos lá não me deixaram ligar a televisão. Vilaní estava triste pelos cantos, não estava entendo o motivo de tanta tristeza. Observei logo dentro de casa, parecia está mais vazio, estava faltando um brilho no lar, não escutei os cantos dos pássaros e as gaiolas não estavam mais penduradas. Minha mãe consolava a minha tia Vilaní e senti a falta do Paulo e perguntei – cadê Paulo? E Vilaní foi aos prantos. Minha mãe me chama no canto e diz – cala a boca menino.

Não me atinei para o que estava acontecendo, me diziam – o Paulo fez uma viagem para um lugar bem distante e vai demorar pra voltar, só após que eu fui crescendo, foi que eu percebi que o Paulo tinha morrido. Aquilo foi um choque pra mim, não sabia exatamente o que era ainda a morte. Sabia que era a dor, mas eu parecia que era imortal.

Paulo foi assassinado por uns pivetes e o jogaram em um lago que ficava abaixo da ladeira em sua casa, seu corpo foi encontrado boiando e algumas partes do seu corpo mutiladas.

Por isto que eu dedico hoje esta parte da história da minha vida, aquele menino franzino, de pele parda, que jogava bola na estrada de barro de frente a sua casa na Grande Campina Grande, e que nas manhazinhas de todos os dias levava seus pássaros para tomar banho de sol unicamente para poder ouvir o catar preso da ave que almejava ser livre. Dedico a você Paulo que agora está cantando livre no céu na casa do Senhor.


quem está lendo estas historias mande um e-mail pra mim ok - dizendo ok estou lendo


alcibergalmeida@bol.com.br

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Minha história parte 6 13/01/12



Quando eu passava de frente ao 15º Batalhão do exército brasileiro em Cruz das armas, achava tão bonito as fardas verdes, o respeito pelos seus superiores, a postura dos soldados na porta sem se mexer e quando entrava um superior dava-se continência. Meu sonho era ser do exército brasileiro. Mas passando todos os dias ali, nunca tinha passado na minha cabeça que meu pai teria um dia sido preso naquele mesmo quartel. Ele morava em Rio Tinto, vou procurar saber exatamente a data com minhas irmãs, porque eu ainda não era nascido. Meu pai era funcionário dos correios de Rio Tinto, ou seja, era carteiro e entregava as cartas em cima de uma burrinha, isto aconteceu no período da ditadura militar, ele sempre foi uma pessoa idônea e altruísta, sempre queria fazer o bem para as outras pessoas e na década de 60 se envolveu com os camponeses que estavam sofrendo perseguição política por causa do movimento comunista no Brasil e passou ajudá-los intelectualmente e materialmente e foi por causa desta aproximação com os camponeses e de sua simpatia para com o próximo, que certo candidato a prefeito que era oposição na época aos candidatos de uns alemães que tinham uma empresa de tecidos que não posso citar o nome, veio até meu pai e ofereceu a ele uma vaga de vereador, para competir com a oposição. O candidato da oposição sabia que meu pai tinha muita simpatia com o povo da região, e isto poderia ser uma carta coringa para ganhar as eleições. Encurtando a história meu pai teve mais voto do que seu candidato a prefeito e o denunciaram ao exército brasileiro de comunista.

O candidato a prefeito que estava na mesma chapa de meu pai disse – Alcides estão dizendo que nós somos comunistas e que o tenente João Barros do 15° batalhão vem nos prender. Pois eu digo a todos que quando o tenente barros chegar, vou pisar nele como massapé. O problema que o tenente soube dessa história, o candidato a prefeito fugiu e meu pai não. No dia seguinte arrobaram a porta da frente, com metralhadores e revólveres na mão, na frente de sua esposa e filhos e disse – você é seu Alcides – meu pai respondeu – sim - O tenente diz – você está preso. Levaram ele para a cidade de sapé e ficou um dia na cadeia pública naquela cidade, para decidir o que iriam fazer com ele. Meu pai me contou que ficou preso com negro fubá, ele era um dos líderes da liga camponesa em sapé, bateram muito nele e colocaram um saco de pano de cor preta sobre o seu rosto e davam muitos murros no seu estômago e levaram negro fubá não sabe aonde. Meu pai recebeu a ordem de ir junto com outros presos para o 15° batalhão em Cruz das Armas e ficou se eu não me engano 15 dias preso, ele disse que não foi maltratado, o problema que soltaram os prisioneiros de madrugada e muitos não tinham pra onde ir na cidade de João pessoa PB porque eram de outra cidade – meu pai teve um mau pressentimento e viu na rua um táxi, se explicou e combinou com o taxista para levá-lo até Rio Tinto, chamou um companheiro para ir junto, mas ele disse que tinha família na cidade, meu pai chegou no mesmo dia e o companheiro de sela da mesma cidade dele não voltou nunca mais.

Mudando de assunto eu lembro, quando eu morava em Cruz das Armas, que Dona Vilani, que era muito amiga de meus pais, foi incentivada por meu pai a fazer o concurso dos correios de telégrafo da Paraíba e todos estavam apreensivos próximo de um radinho e eu não entendia o que tava acontecendo. O locutor falava uma lista intensa de nomes e foi que de repente o locutor deu uma pausa e disse – Vilani de tal – Aprovada! Só vi os gritos, choro, abraços, fizeram churrasco lá em casa, foi uma comemoração muito grande, dona vilaní agora era funcionária concursada dos correios. Daí eu perguntei a minha mãe – mainha porque estão chorando? E ela respondeu afônica ela passou meu filho. passou!

Foto a esqueda de Nego Fuba


alcibergalmeida@bol.com.br

domingo, 25 de dezembro de 2011

Minha História (quinta parte) 12/12/11


Transferência

Meu pai sofreu um infarto na cidade de campina Grande, na hora que estava trabalhando. Ficou um tempo afastado da gerência dos correios de telégrafos e após melhorar recebeu uma transferência para os correios de João Pessoa – PB e passou a gerenciar um setor dos correios da capital. Meu pai decidiu alugar uma casa no bairro de Cruz das Armas. Ainda me lembro do nome da rua (Alcides Bezerra) parecia com o seu nome. A casa ficava de frente uma praça que nela estava o DER (Departamento de Estrada e Rodagem). Lembro-me de umas árvores frondosas, do ar puro e o prazer de ser criança. Foi neste bairro que eu iniciei o meu ciclo de amizade com criança. Minha primeira amiga foi com uma garotinha chamada Anelise, era mais velha do que eu um ano e hoje não lembro mais seu segundo nome, ficamos muito amigos, brincávamos de toca, de se esconder, bola, médico e etc. Ela e eu queriamos ficar próximo um do outro. Para todo canto que eu ia ela queria ir também, éramos amigos inseparáveis. Anelise morava com duas senhoras que não me lembro mais o nome, mas elas eram farmacêuticas e tinham uma farmácia que ficava no mesmo bairro que nós moravamos (Cruz das Armas),ficava bem próximo da feira e da Avenida principal do bairro, elas  viviam muito bem por sinal, porque eram micro empresária. Lembro que elas tinham um corcel e naquela época era o carro do ano o mais bonito, todos queriam ter um e nos meus sonhos eu também idealizava ter um corcel. Foi quando numa certa manhã meu pai chegou com um carro, o problema que ele não era novo, estava todo acabado, com ferrugens, a porta caíndo e o motor quebrado. Ele recebeu este carro porque tinha emprestado dinheiro a um amigo e seu amigo não tinha mais como pagar e por esta razão deu este fusquinha em forma de pagamento. Quando eu vi aquela cena, um carro chegando na minha casa, eu fiquei muito feliz gritando - meu pai comprou um corce!!!! eba! Não contei história, fui a casa de Anelise e disse – Meu pai comprou um corcel!!!!! Vem ver! E todos saíram na porta e viram três homens inclusive o meu pai empurrando o fusca aos pedaços para dentro da garagem. (risos) Isto me faz agora repensar realmente a minha idade naquela época em que eu morava em Campina,  escrevendo esta história me fez lembrar que eu deveria ter muito menos de cinco anos quando eu estava em Campina Grande. Porque foi em João Pessoa que eu iniciei meu primeiro dia em sala de aula. Eu iria iniciar o pré-escolar e Anelise queria estudar junto comigo, minha mãe iniciou a procura dos colégios que ria me colocar, fomos a vários, mas eu nesta época já sentia vergonha e tudo era muito novo para mim, ficar longe de meus pais, dava um sensação de abandono e não estava gostando desta situação, minha mãe me levou em um colégio que tinha piscina, achei até legal. Mas quando vi as crianças tomando banho pelada eu fiquei horrorizado, parecia um descontrole uma rebelião de guris correndo nus de um lado para outro (risos) eu bati o pé e disse- não mamãe aqui eu não estudo!
Depois de vários dias, minha mãe achou um colégio, ficou lá comigo uns vinte minutos e após sumiu – foi um escândalo. Chorei como nunca tinha chorando antes, me deram papel e lápis de cera para pintar, tinha uma minhoca enorme de brinquedo para brincar, mas nada me agradava, foi horrível. Mas o que me agradava era quando saiamos da escola e minha mão passava de frente ao quartel do exército brasileiro o 15º batalhão e eu tinha o prazer de dá continência aos saudados e era correspondido, era meu sonho ser militar desde daquela época.
Fiz também amizade com um menino chamado Guto brincavamos de bola, bola de gude, esconde-esconde, toca eu, ele e Anelise, Minha amiga teve uma crise de ciúmes e até ficamos de mau, até que vi uma cena cômica, em umas dessas brigas a Anelise ficou de mal comigo e sentou em cima de um buraco pequeno no chão, depois só vimos os gritos, os pulos e os berros, era um formigueiro. Mas eu a amava muito, ela era engraçada, peralta e tinha uma cinco chupetas, duas na boca, uma ara cheirar outra para ficar coladinho no rosto (saudades, muitas saudades) estou chorando. Gostaria de revela...
Mas o que mais marcou nesta etapa da minha infância, foi o acidente com o Guto, uma panela de água fervendo Caiu sobre 70% do seu corpo, menos o rosto e pedi para minha mãe ver o meu amigo no hospital e quando entrei no quarto eu fiquei chocado com o que vi, saí correndo pelos corredores sem saber aonde iria dá, minha mãe Coria atrás de mim e eu me tremia,fiquei afobado, trêmulo com uma visão horrível daquela queimadura, nunca mais me aproximei do fogão quando criança.

Para lembrar próximo episodia – o 15º e meu pai – separação de Anelise – O concurso de Vilani

e-mail alcibergalmeida@bol.com.br

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Minha história (quarta parte)


Continuação das lembranças Parte 4

Lembro muito de uns amigos de meus pais em Campina Grande e que até hoje são meus amigos. O nome dela é Vilani. Hoje aposentada dos correios de telégrafos. Mas nesta época não era funcionária, era apenas amiga da família. Ela tinha quatro filhos, três meninas e um menino (Carlinda, Valcácia, Silene e Paulo). A valcácia gostava muito de minha mãe, ajudava ela nos serviços domésticos e sempre dizia que quando eu crescesse iria se casar comigo, coisas de crianças, nota-se que eu já devia ser uma criança muito bonita desde desta época (risos).
Lembro de algumas traquinagens desse período e outras foram relatos de meus pais que ficaram gravados em minha cabeça e que parece que nunca esqueci destes fatos.
Um fato que eu me lembro foi quando uma senhora chefe de meu pai estava esperando ele para conversar sobre assuntos de trabalho, no terceiro andar dos correios em Campina, ela se debruçou na janela do prédio para ver a vista da cidade lá de cima que era muito bonita e tirou o seu tamanco para descansar as pernas, eu logo notei que poderia fazer alguma traquinagem com aquele tamanco. Sai engatinhando bem devagarzinho, peguei o tamanco da jovem senhora, fui ao banheiro e coloquei dentro do bojo sanitário, fiz xixi e cocô e dei descarga para ver se a prova desaparecia, só que o tamanco ficou engalhado no bojo porque era grande demais para passar pelo pequeno buraco do vaso sanitário. Sai correndo peguei o elevador e desci para o trabalho de meu pai dando altos gritos, logos após de sair do elevado e ir correndo pelas escadas tentava escutae os ecos ds gritos (risos), todos já sabiam que era eu que estava chegando.
Quando eu voltei ao terceiro andar, todos estavam procurando o bendito tamanco, fiquei desconfiando e resolvi descer novamente no elevador, quando eu escutei, Alciberg! – minha mãe novamente – lembrei logo da primeira pisa. – Foi você que pegou o tamanco da mulher? Eu respondi – não mamãe! Ela disse – diga a verdade filho, eu não vou lhe bater. Quando eu vi que não iria apanhar eu confirmei que tinha sido eu. Ela me pergunta – Aonde você colocou? Eu digo- Ali!. Quando abriram encontraram um mistura não muito agradavel em cima do tamanco, minha mão ficou sem cara na frente da senhora e a chefe de meu pai disse que não tinha problema que era coisa de criança.